Ao contrário do que muitos imaginam, a manutenção de um automóvel não é um bicho de sete cabeças. Você mesmo, com um certo conhecimento, pode avaliar os componentes inseridos no cofre do motor e o conjunto de rodas e pneus, por exemplo, para anotar quaisquer possíveis causas de anomalias apontadas pelo seu veículo. Na própria autoescola você aprende o funcionamento de parte dos principais componentes de um veículo, mas sabemos que todo aquele ensinamento acaba “indo em vão” – até porque muitos costumam esquecer semanas depois.
Para você não ficar na mão (e também com o bolso mais vazio), é importante conhecer os principais itens de um veículo que carecem de manutenção periódica e seus prazos para serem checados. Separamos abaixo um checklist com os 10 principais recursos. Confira:
Avalie as condições da correia dentada
A correia dentada é uma das peças mais imponentes para garantir o funcionamento do motor. Ela liga o eixo-comando de válvulas ao virabrequim do motor, mantendo o sincronismo e controlando a abertura e fechamento das válvulas de admissão e escape, além do virabrequim e do comando de válvulas. Sendo assim, tal componente deve estar sempre em perfeitas condições para você não ficar na mão e evitar sérios problemas.
É recomendada a revisão da correia dentada a cada 10 mil quilômetros rodados ou de seis em seis meses. Além da correia dentada, você deve checar as condições dos tensionadores e das polias. Essas dicas, porém, não valem para carros dotados de corrente de transmissão, que é mais robusta, não conta com um prazo determinado para sua substituição e não costuma dar defeitos – a corrente deve ser checada a cada 50 mil km.
Confira as velas de ignição
Outro item que marca presença no conjunto motriz de um veículo são as velas de ignição. Elas são responsáveis pela faísca que faz o combustível explodir e iniciar o funcionamento do motor para “girar as rodas”. Caso elas não estejam em boas condições, podem provocar um aumento do consumo de combustível e das emissões de poluentes e o acúmulo de resíduos na câmara de combustão e também acelerar o desgaste das bobinas e do catalisador.
As velas de ignição do motor de um automóvel devem ser verificadas a cada 10 mil quilômetros. Já a substituição varia de acordo com as condições dos componentes e também conforme as recomendações da fabricante do veículo no manual do proprietário.
O seu mecânico de confiança deve checar ainda a situação dos cabos. Caso eles apresentem oxidação ou ressecamento, rachaduras e mau encaixe, devem ser substituídos imediatamente. Os cabos em más condições podem provocar queda de rendimento e falhas no motor e fuga de corrente.
Faça a manutenção das palhetas dos limpadores de para-brisa
É fato que muitos motoristas lembram das palhetas dos limpadores de para-brisa somente em condições de chuva, quando elas começam a apresentar rangidos em seu funcionamento e, principalmente, ineficiência para limpar a água dos vidros. O componente que mais costuma apresentar desgaste de todo o conjunto dos limpadores é a borracha, que deve ser trocada a cada três ou quatro meses.
Na verdade, este intervalo depende das condições de uso, visto que um automóvel que fica boa parte do dia sob a luz do sol, ou seja, submetido a constantes situações de sujeira podem apresentar um desgaste das palhetas mais rápido que as de um carro que costuma ficar numa garagem fechada. O melhor método para verificar as condições é realmente utilizando os limpadores.
Faça a revisão periódica dos freios
Os freios estão diretamente ligados à segurança dos ocupantes de um veículo. Sendo assim, não dá para “brincar” com esses itens. O conjunto de freios é composto por uma série de recursos, como o pedal, fluído de freio, servo freio, cilindro mestre, discos e tambores (ou somente discos, dependendo do automóvel), pastilhas e lonas e mangueiras e canos.
O recomendado é fazer a manutenção preventiva seguindo o tempo de cada componente. As pastilhas, por exemplo, costumam durar cerca de 25 mil km, assim como os discos. Já os tambores e as lonas têm duração média de 50 mil km. As outras peças devem ser trocadas apenas quando estragarem. Você deve ainda checar o manual do proprietário.
Fique atento ao óleo do motor e do câmbio
O óleo do motor lubrifica as peças internas (reduzindo o atrito e evitando o desgaste excessivo dos componentes), mantém a temperatura e elimina as impurezas do conjunto. Entretanto, não há um tempo certo para fazer a troca do óleo. Para quem usa o carro frequentemente e em longas distâncias, a troca deve ser feita a cada 5 ou 7 mil km ou a cada seis meses. Já se você não utiliza o carro constantemente, a substituição deve ser realizada entre 10 mil e 16 mil km ou um ano. O indicado, porém, é verificar o nível de óleo com a vareta medidora.
Já o óleo da caixa de câmbio atua como lubrificante das peças internas do conjunto e também refrigerando e limpando o sistema. Alguns modelos com câmbio manual não necessitam da substituição da substância. Neste caso, você deve pedir ao seu mecânico somente para checar o nível do óleo a cada 10 mil km e completa-lo caso necessário. Porém, você precisa sempre checar o manual do proprietário.
Por outro lado, num câmbio automático, é recomendada a troca do óleo a cada 50 mil km, de acordo com o seu veículo e o fabricante. Você precisa checa-lo a cada 20 mil ou 30 mil km devido à possibilidade de vazamento.
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